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Deep Blue vs Shallow Pink

Utilizando o xadrez como objeto simbólico, que faz referência a jogos de guerra e maquinações políticas, Deep blue versus Shallow pink foi uma instalação sítio específica,  criada especialmente para a  exposição Serralhas, na Soma Galeria. A obra funciona tanto como um jogo literal (onde os visitantes realizaram várias  partidas),  mas também como algo que transita entre o lúdico e o político. Levando em consideração conversas com a curadora, onde ela fez  referências ao valor metafórico da primavera, em movimentos políticos (como o Arab Spring), também mencionou a importância simbólica desse tema, numa exposição  que aconteceria em plena campanha eleitoral, de um país dividido, como nunca se havia visto na história brasileira. Desta forma, a primeiro olhar tudo remete a algo orgânico; o quadriculado de grama, as peças com uma aspecto rocha-coral-espuma; as flores que brotam a partir delas. Mas, tudo não passa de uma farsa. Todos os componentes da obra são alguma espécie de derivado sintético e tóxico que foi um dia produzido por químicos e não pela natureza (grama  artificial, espuma expansiva, cola de contato, flores de plástico, espuma de EVA, etc). Esse “hyper real” a la Baudrillard gera uma incerteza familiar na era em que toda realidade é (supostamente) manipulada. O título da obra faz alusão a famosa partida de xadrez Deep Blue vs Garry Kasparov, que marcou a primeira vez que um jogador de xadrez profissional foi derrotado por um algoritmo computacional.

Copy of serralhas_MateusJanete_-_MG_7535.jpg

acrylic on wood, keys, keychain, 25x15cm, 2019

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